(PT)
MUSEU DA QUARENTENA – ARTE EM CASA
Este projecto artístico e curatorial de Thierry Ferreira e Mário Caeiro visa abrir um espaço convivial de intimidade partilhada, neste dealbar de uma nova era aberta pelo eclodir da pandemia Coronavírus.
‘ Fechados’ em casa, preferimos este nome (ao inóspito COVID-19) porque, talvez pela nossa ligação a Caldas da Rainha, rapidamente percebemos – como algumas correntes espirituais e esotéricas – este é um fabuloso acontecimento civilizacional: no aqui e no agora, a luminosa abertura do CHACRA CORONÁRIO.
Este é o momento de a Humanidade finalmente começar ‘podar’ o planeta (a poda como cuidar sensível é desde há algum tempo um tema-chave to labor do Thierry). Neste caso, em casa, podemos memórias, sonhos, aspirações, medos. Para Mário Caeiro, o pequeno gesto de ligação entre todos nós através de home-art táctica é, no mínimo, uma válvula de escape para emoções de confinamento e opressão; mas é também uma oportunidade para brincarmos criativamente com a situação, através de nano-acontecimentos informais que se espera ‘contaminem’ os nossos amigos-vizinhos com o adorável vírus do amor pela arte. A ternura pela existência é uma forma de comunicarmos o nosso OBRIGADO por fazermos parte deste momento. PS este texto, tal como a colecção Museu, encontra-se em aberto. Contribuições são bem-vindas. Basta enviar uma imagem do (s) trabalho (s) para: museudaquarentena@gmail.com
(EN)
QUARANTINE MUSEUM – ART AT HOME
This artistic and curatorial project by Thierry Ferreira and Mário Caeiro aims to open an intimate, convivial space for the sharing of artistic and creative practice, in the dawn of this new Age, opened up by the outbreak of the Coronavirus pandemic.
‘Staying at home’, we prefer this name to the inhospitable COVID-19, since, maybe because of our relation with Caldas da Rainha [The Queen’s Hot Springs] we immediately thought of the image of the Crown – this is indeed for us a very special Civilizational moment (as believed by a range of spiritual and esoteric mouvements): here and now, the luminous opening of the CROWN CHACRA.
This is the privileged moment Humanity shall finally start to ‘prune’ the Planet (pruning as sensitive care being for some time the main theme of Thierry’s artistic practice). In this case, at home, we keep memories, dreams, aspirations, fears. For Mário Caeiro, this is just a small gesture toward the connection between us all through tactical home-art, is, at worst, an escape valve for emotions of confinement and oppression; but it is as well an opportunity to play creatively with the situation, by means of informal nano-events that we expect to ‘contaminate’ our friends-neighbours with the lively virus of the love for art. The tenderness of coexistence is a way to communicate our big THANKS for being part of this moment. PS This text, just like the Museum’ collection, is open. Contribuitions are welcome. Just send an image of the work(s) to: museudaquarentena@gmail.com
João Ferreira, 2020
Ana Caeiro e Gustavo Albuquerque, “Joe Judith,” 2020
Sistema de JoeJudith, deuses iluminadores do desconhecido. Estes são representados por dois porcos dourados, sempre em espelho. O ser humano escolheu o porco para os representar, por acreditarem que estes deuses deram origem à raça humana e despertaram o seu conhecimento teórico.
As unidades do sistema vão de 1 a J. 0 Representa o nada. 123456789SUCFGJ 1,2,3,4,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14,15
Unidades do sistema cuja base é J (Cuja correspondência para os números reais é 15)
Nomes:
S – ESS
U – UNN
C – CAFF
F – FOZ
G – GOG
J – JEFF
O último número são as unidades que se adicionam ao número de voltas que dá ao sistema (quantos quinzes cabem). Exemplos(Primeiro estão números reais depois joejudith)
16 – 11 (umum)
58 – 3F (tresFOZ)
17 – 12 (umdois)
74 – 4G (quatroGOG)
226 – J1 (JEFFum)
257 – 122 (umdoisdois)
1000 – 66S (seisseisESS)
45 – 30 (trêszero)
225 – J0 (JEFF0)
3375 – J00 (Em 3375 cabem 225 15’s. 225 em JoeJudith J0). (JEEFJEFFzero)
3374 – GGG (GOGGOGGOG)
Como se interpreta os nomes? Comeca-se pelo mais a direita ao qual vamos adicionar o que está antes vezes quinze. Se o que está antes tem dois simbolos, é para ser interpretado como número JoeJudith. 50625 – J000 (JEFFzerozerozero)
Thierry Ferreira, “S/t”, 2020
André Graça Gomes, “Janela Indiscreta”, 2020,15cm x 21 cm, carvão sobre papel
SOMOS TODOS VÍRUS ANTI-VIRUS
Sei que me escutas,
Tu, ó vírus ditador
Tu que tanto labutas
Para ditar tamanha dor
Surgiste novo do nada
Ou de arma biológica
Trouxeste toda uma armada
Contra toda, toda a lógica
A Greta diz, alarmada
Que esta ameaça biológica
Não se compara nada, nada
À causa da causa ecológica
Só uma vantagem há
Na tua proliferação
Parece que na mina da China
Diminuiu a poluição
Diante desta vil ameaça
O Trump e o deus chinês
São amadores e uma trapaça
Perderam o protagonismo, de vez…
Pedro de Andrade, 7 de Março de 2020
José Moura, “Cores Transparentes”2020, Vidro e Spray
Stefan Kornacki, “MASK YOURSELF”, 2020
Carolina & thierry ferreira, “CHUVA”, 2020, 12,97×15,93 cm, técnica mista
Jorge Humberto, “Incubus” 2020, 90x90cm, óleo s/ tela
Alexandre A. R. Costa, 2019-2020, Desenho a Carvão
Thierry Ferreira, “S/t”, 2020
Mário Caeiro, “Alignment”, 2020
Thierry Ferreira, “S/t”, 2020
Mário Caeiro, “Homenagem a Jasper Johns”, 2020