O Estado da Água

O Estado da Água

Nome do projeto: O Estado da Água
Projeto com apoio financeiro aprovado pela DGArtes no valor de 25.000,00€

O Estado da Água - Thierry Ferreira

O Estado da Água

 

‘A paisagem é o sítio onde a experiência estética ocorre. Mas o que a define não é a ideia de sítio, mas sim o facto de que é uma experiência temporal’.

Luis Sá em

O retorno da Natureza à Experiência Estética

 

A água brota, serpenteia, estagna, gela, cobre, mistifica e permeia todo o território da Serra da Estrela. Este elemento que vive nos lençóis freáticos, no ventre da terra, mas também em todo o seu redor, nos oceanos, tem a sabedoria mais profunda de nos manter vivos neste planeta. No contexto do desequilíbrio climático que vivemos, as tempestades de granizo, os degelos, as cheias e as secas, a realidade da água é uma ambivalência entre dádiva e catástrofe natural.

 

‘O Estado da Água’ é uma exposição que apresenta obras desenvolvidas principalmente nas redondezas do Sabugueiro desde o final de 2023. Seis artistas visitaram a montanha: suas lagoas, rios e riachos, cascatas e poças, barragens e canais; lugares onde a presença da água fez e continua a fazer história.

 

Comum a toda a investigação de uma paisagem é o ato de caminhar. Caminhou-se de inverno, quando o gelo ainda nevava, caminhou-se na primavera quando a água manava, e deambulou-se no verão quando o calor da serra cozia a carne. A paisagem da Serra da Estrela, sob investigação artística, consta nesta exposição em fotografia, vídeo, instalações sonoras, esculturas e desenhos, afirmando a experiência estética de cada artista. Entenda-se por experiência estética, uma que é multissensorial e não se limita àquilo que vemos, tocamos e ouvimos, mas sim àquilo que sentimos também. E o sentir tem muito que se lhe diga.

 

Eunice Artur, artista visual que trabalha com performance e som, apresenta uma obra que revela muitos dos sons que o espetro auditivo humano não está equipado para captar. Utilizando geofones, microfones de contacto e hidrofones, as partituras que desenhou em SulcoSE e NigraSA partem de um princípio fundamental da água: o seu ciclo. O movimento da água, performativo por natureza, é inerente à sua transmutação: a água move-se em rios líquidos para se transformar em rios atmosféricos que se movem por todo o planeta. É em caminhada – movimento – que de livro na mão, somos convidados a conhecer a abundância, a falta e a dependência da água em Sabugueiro: a secura do estalar dos ramos, a vibração de uma gota que cai, ou o ritmo estonteante do riacho e o badalo das cabras que dele bebem.

 

Este ritmo estonteante da água, é algo pelo qual a artista plástica Joana Patrão se deixou seduzir. Em Suspensão e VertigemSE não é só a água que nos rodopia, mas uma pletora de sensações simultâneas provocadas pela queda na, e da, água. Estas sensações são hiperbolizadas através de uma escrutinosa captura de imagens onde os padrões da luz, da rocha, e do sedimento geológico no leito de corpos de água, nos trazem uma realidade psicadélica microscópica. Também a sua observação do tempo inscrito nas rochas da montanha, permitiu que o granito característico da Serra da Estrela se revelasse em grande plano em Granito em FluxoSA. São dois éones de formações glaciares, onde Patrão constatou o gelo como protagonista da modelação da paisagem. Nas suas caminhadas, por afastamento, observou formações geológicas como as moreias, e nesta obra, por aproximação à macropaisagem sedimentar, mostra-nos o modelar da rocha e o poder da água: água mole em pedra dura, tanto bate até que fura, sempre nos disse a sabedoria popular.

 

É no trabalho de Iana Ferreira e Thierry Ferreira que encontramos a presença do ser humano neste diálogo com a água. Enquanto Iana, como fotógrafa e uma carreira cimentada no cinema, procura incessantemente a moldura (aludindo a noções fundacionais históricas do que é a paisagem) através da plasticidade da água, Thierry como artista plástico preocupado com a liberdade, explora como é que construções antropogénicas utilitárias se podem traduzir em poesia.

 

Em TáctilSAeSE Iana espia o poder da matéria per se, e a relação com o contacto com ela. Oito painéis em Seia e um no Sabugueiro retratam deambulares, contrastes, harmonizações e um envolver aquático amplo, que manifesta uma memória corporal. A inclusão do corpo humano espelha um lado largamente inteligível da água que é a vivência dela, um ato anónimo na lente de Ferreira, mas coletivamente íntimo e inato. Por outro lado, aproveita a pareidolia que se torna num facilitador hipnótico. Em Afluência I e IISA apercebemo-nos que tal hipnose pode ser visual e auditiva, e que a violência e a gentileza da corrente carregam o aspeto sensorial tão central da sua investigação.

 

A obra de Thierry, focada na relação direta entre o artista e os sítios que visitou, apresenta um arquivo de curiosidades (do qual Caixa de RelíquiasSE é o exemplo mais explícito) que nos caminha pelas barragens, os riachos e a montanha. Artefactos mostram-nos a ‘memória do que vai passando’ (Thierry Ferreira) e dialogam entre a bi e a tridimensionalidade, refletindo a complexidade da relação entre o homem e a paisagem, quer seja ela construída ou não. Há uma liberação furtuita do processo da caminhada evidente em ComposiçãoSE e BalsaSA, mas em MoinhoSA ou EiraSA e correspondentes impressões fotográficas, extrusiva. Ainda outra abordagem é presente em AçudeSE, onde o construído e o natural se fundem.

 

A técnica patê verre, onde o vidro não se funde, mas se agrega, não foi escolhida por Inês Teles ao acaso. A artista plástica tem se dedicado ultimamente ao estudo de microrganismos aquáticos e a Annitella AmeliaSE é uma escultura motivada pelos gestos escultóricos de uma mosca de água que tem vindo a fascinar Teles, pois este pequeno inseto, residente nas águas de Vale do Rossim, vai anexando pedaços de micropaisagem para formar uma espécie de escudo, ou casa, ou casca. Uma pupa reconfigurada para repararmos nos aspetos não só estéticos da água, mas também no valor biológico e tecnológico contido nesta. Teles também apresenta desenhos em papel marmoreado, cujo processo de elaboração remonta as propriedades de suporte plástico que a água tem.

 

Mas a água suporta muitos biomas, muitos habitats. E é também dentro de água que Jorge Leal se encontrou muitas vezes para exercer a sua prática de desenho. Artista visual para quem submergir-se em ambientes ripícolas é necessário, foi dessas imersões que a observação de libélulas e libelinhas se manifestou central. Os desenhos feitos in-loco obrigam à execução rápida, oportunidade que usa para um processo insistente de treino da memória celular. Dizem que a água tem memória (Jacques Benveniste), quiçá é a água que permite o virtuosismo? Leal apresenta um conjunto de desenhos – Pyrrhosoma nymphulaSE, Onychogomphus uncatusSE, Calopteryx virgoSA – a tinta estilográfica, tinta-da-china e acrílico em spray que executou em atelier, fruto de tal memória muscular. Esculturas impressas em PLA das exúvias SE de tais libélulas, e das próprias SA, objetos de recreio, tornam o chapinhar dentro de água num ato leve de descoberta.

 

Em todas as obras desta exposição bi-local, constatamos a atração pela água. Constatamos os seus diferentes estados, estes não só necessariamente o líquido, gasoso e sólido, mas sim estados interiores que descongelam o ímpeto artístico num caudal de conhecimento devolvido por esta montanha. Destes afetos, o rocio aquático paira no ar, e deixa-nos refletir sobre sensações, a geologia e biologia do lugar, o que é a memória, o movimento e os estímulos que a água como fonte eterna de vida nos proporciona.

 

10 de outubro de 24

Inês Ferreira-Norman

 

7497 caracteres

 

Bio

Mestre em Artes Plásticas pela University of the Arts London, foi editora-chefe do Journal of Arts Writing by Students publicado pela Intellect entre 2019 e 2023, tem-se formado e envolvido em projetos editoriais desde 2006, e escreve para a Arte Capital desde 2019. Foi produtora cultural e gerente de artistas no Reino Unido até 2018, quando voltou para Portugal para se dedicar à sua prática e ao pensamento artístico. Investiga práticas ecológicas, a relação da matéria com mitologias ligadas ao conhecimento ancestral e subscreve uma ética eco-feminista, pesquisando as várias tangentes contemporâneas de pensamento mais-do-que-humano.

 

O Estado da Água - Thierry Ferreira

O Estado da Água - Thierry Ferreira

O Estado da Água - Thierry Ferreira

O Estado da Água - Thierry Ferreira

O Estado da Água - Thierry Ferreira

O Estado da Água - Thierry Ferreira

O Estado da Água - Thierry Ferreira

 

 

Sinopse do projeto

“O Estado da Água” pretende analisar a presença da água em redor da aldeia do Sabugueiro no concelho de Seia, nas suas componentes material, sensorial, visual, paisagística e sociológica. O projeto consiste na realização de residências artísticas, interações com a comunidade local e apresentação local dos trabalhos resultantes (desenho, escultura, instalação, fotografia, vídeo). A equipa artística é formada por Eunice Artur, Iana Ferreira, Inês Teles, Joana Patrão, Jorge Leal e Thierry Ferreira.

Atividades a realizar

“O Estado da Água” assume a aldeia beirã do Sabugueiro e arredores como território de intervenção. O projeto consiste na realização de residências artísticas por 6 artistas, conversas durante ateliers abertos, 6 oficinas de artes destinadas aos locais e visitantes, exposições em 4 espaços e edição de catálogo como registo de todo o projeto com texto interpretativo de um autor. O título reflete a vontade do coletivo de artistas de entender e questionar a matéria água nas suas caraterísticas (matéria, cor, brilho, som, cheiro, ritmo), modo como interage com os restantes elementos da paisagem, com a fauna e flora, as dinâmicas climáticas de extrema escassez ou abundância diluviana, assim como as interações estabelecidas com as populações permanentes e ocasionais. A heterogeneidade dos 6 artistas irá resultar em propostas distintas a partir do tema da água. Deste modo, reúne-se uma equipa pertinente, reconhecida no campo das artes plásticas, validada pelo seu consistente percurso artístico.

Eunice Artur procura compreender em que medida o Erro pode criar possibilidades de inscrição e variação no desenho, enquanto campo expandido, cruzando o conceito de errância com o ritual, o sagrado e o sonho. A sua pesquisa envolve o desenho, a performance, a fotografia, o vídeo, a escultura, a instalação e o som. Para o projecto “O Estado da Água” propõe a reflexão em torno do movimento. A repetição e variação do movimento da água, a variação e desmaterialização dos seus estados. A viagem e o ritual ligado a este elemento. (https:// cargocollective.com/euniceartur)

Iana Ferreira desenvolve o seu trabalho artístico na prática fotográfica e no registo audiovisual. Há cerca de um ano que dá continuidade ao tema da água, que está presente em trabalhos anteriores, agora com foco na relação do indivíduo com a água, tal como nos vestígios e modelação recíproca da mesma entre os espaços e as matérias. No presente projeto, terá como ponto de partida a exploração do fluxo da água e seus efeitos, explorando possibilidades de formas de registar na direção

da abstração das formas. Com a captação dos seus movimentos, ritmos e das geometrias por ela impregnadas na paisagem, tem o intuito de encontrar a linguagem destes elementos tanto no ambiente natural como na presença e apropriação das pessoas. (www.ianaferreira.com)

A prática de Inês Teles, enraizada na pintura, expandiu-se para outros campos, mostrando interesses em processo, materialidade e transformação. A noção de temporalidade nas suas obras é entendida no movimento de toque entre a mão e as matérias, num gesto de transformação daquilo que se dá a ver. Inês Teles tem recentemente reflectido e trabalhado com o elemento da água através de actividades como o workshop O olho no Dedo, à volta do Rio Almansor, Montemor o Novo, 2021, conferências e publicações científicas e mais recentemente em Compostos de matéria performática (2023), uma obra apresentada na sua última exposição. As experiências com a água não encerram um resultado em si, mas uma performatividade efémera, que se expressa por si e através da manipulação das matérias pelo corpo do artista. Para o projecto “O Estado da Água” a artista propõe repensar sua investigação no contexto da aldeia do Sabugueiro. (www.inesteles.pt) Joana Patrão desenvolve o seu trabalho na relação com a paisagem e as suas tensões, procurando formas alternativas de envolvência com a natureza. Recorrendo a matérias e referências locais como formas de conexão com o território em que trabalha, a sua prática flutua entre vídeo, som, fotografia e desenho. Na residência “O Estado da Água” abordará este elemento (que atravessa toda a sua prática artística) segundo outra vertente: a presença da água em contexto de montanha. Partindo da vivência no local, serão focados dois estados e dois locais particulares no Sabugueiro: a corrente da ribeira de Fervença e os gelos glaciares que moldaram a rocha no covão do Urso, oscilando entre fluidez e petrificação, o tempo fluído e o tempo contido, presente e passado. (www.joanapatrao.com)

Jorge Leal desenvolve trabalho na área do desenho e vídeo desde 2005. O seu interesse pela paisagem (orografia, materialidade, fauna e flora) e pela biodiversidade dos ambientes aquáticos (lóticos e lênticos), reside no contraste visual entre as matérias sólidas e líquidas, a tradução gráfica dos volumes e texturas, as formas especializadas dos corpos dos animais, traduzidos pelo desenvolvimento de uma coleção de gestos de desenho que permitem a sistematização do ato de representar. (www.jorgeleal.eu)

Thierry Ferreira centra-se na prática da escultura, do desenho/escultura, da instalação, do vídeo e da fotografia, tendo como ponto de partida a organização do espaço, como problemática estética. Para o projeto “O Estado da Água”, Thierry Ferreira propõe-se por um lado rastrear os caminhos da água, naturais ou edificados e por outro revelar os sinais plasmados pela água na paisagem. (www.thierryferreira.com)

Objetivos de interesse público cultural

“O Estado da Água” contribui para a diversidade e para a qualidade da oferta artística descentralizada no território nacional na sua proposta de produzir obras artísticas a partir de um diálogo com o território e inclusão das populações autóctones. A pesquisa e experimentação artísticas a serem desenvolvidas pelos 6 artistas (66,7% são autoras do sexo feminino), tem uma forte componente de envolvimento com a paisagem e a água em particular, procurando problematizar as questões ambientais e sociais presentes nessa relação. As pesquisas artísticas pretendem também promover um sentimento de autoestima na comunidade local através da valorização estética do território que habitam. A componente tecnológica de algumas práticas artísticas (fotografia, vídeo, instalação) pretende a realização de um conjunto de obras contemporâneas simultaneamente enraizadas no território de criação, dialogantes com o ecossistema internacional das artes e potenciadoras de uma comunidade carente deste tipo de intervenções. Serão realizadas as seguintes ações com dimensão educativa e de sensibilização para a cultura: ateliers abertos durante o processo de pesquisa e residência artística; oficinas artísticas orientadas pelos artistas que permitem ao público entender mais profundamente os métodos de investigação e trabalho da arte contemporânea; visitas guiadas às exposições; conversas em torno dos trabalhos finais durante o período de exposição; conversa em torno do lançamento do catálogo.

O Estado da Água - Thierry Ferreira

O Estado da Água - Thierry Ferreira

O Estado da Água - Thierry Ferreira

O Estado da Água - Thierry Ferreira

O Estado da Água - Thierry Ferreira

O Estado da Água - Thierry Ferreira

O Estado da Água - Thierry Ferreira

O Estado da Água - Thierry Ferreira

O Estado da Água - Thierry Ferreira

O Estado da Água - Thierry Ferreira

O Estado da Água - Thierry Ferreira

Equipa artística

Eunice Artur (1981, PT). É artista visual, sonora e performer. Procura compreender em que medida o ‘erro’ pode criar possibilidades de inscrição e variações no desenho, enquanto campo expandido, cruzando o conceito de errância com o ritual, o sagrado e o sonho, o seu trabalho evoca a poética da natureza e a relação com ela.

É mestre em Criação Artística Contemporânea pela Universidade de Aveiro (UA), com o projecto de investigação “Errância Nómada – O desenho como reencontro de um lugar”, (PT) 2017. Licenciada em Artes Plásticas pela Escola Superior de Arte e Design (Esad.Cr), 2010. Com formação em dança pelo CEM – Centro em Movimento (PT), 2014.

A sua pesquisa envolve o desenho, a fotografia, o vídeo, a escultura, a instalação, o som e a performance. Costuma trabalha em parceria com músicos, resultando em performances, explorando a relação e a fusão do som no desenho através do mundo da notação gráfica.

Em 2020 foi convidada para apresentar a performance “Partidura” em contexto da Feira de Arte Madrid. No mesmo ano foi selecionada com a instalação sonora “Mysticeti” a participar no LisboaSoa.

Em 2017 foi seleccionada para a residência artística na Biennale Internationale du Lin de Portneuf no Québec num intercâmbio entre Portugal e Canada; no mesmo ano recebe o 1.o Prémio – Lendas da China – Na categoria de arte – Prémio Instituto Confúcio em Aveiro. O seu trabalho está inserido na colecção da Livraria de Arte da Fundação Gulbenkian; na Emerge; no Arquivo Histórico Wanda Svevo da Fundação Bienal de São Paulo no Brasil e no acervo da Biennale Internationale du Lin de Portneuf em Québec.

Actualmente trabalha no projecto “Les sens de la forêt”, um conjunto de caminhadas sonoras em contexto de floresta primária e montanha nos Alpes Suíços, um projecto em co- autoria com uma acompanhante de montanha, investigação que trata a tensão entre o humano e a natureza, auditiva e visual, na área das mudanças climáticas.

Iana Ferreira nasceu em 1971 em Heidelberg, Alemanha, vindo para Lisboa em 1975, onde vive e trabalha. Estudou Fotografia e Audio-Visuais na Escola Artística António Arroio (1986-1989) e formou-se em Imagem no Curso de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema (Bacharelato – 1993; Licenciatura – 2008). Pela FCSH da Universidade Nova de Lisboa, fez Mestrado (2011) e Doutoramento (2020), tendo como tema Ambientes Luminosos.

Trabalha há trinta anos em Imagem na produção de Cinema. Fez direção de fotografia de curtas-metragens, entre as quais ‘A Piscina’ (2004), que co-realiza, com estreia na competição da 61a Bienal de Veneza, premiada em vários festivais, entre eles pela Melhor Fotografia PRÉMIO ASOLO PER LA SEZIONE FILM SULL’ART – XXIV Asolo Art Film Festival (Itália 2005). Foi diretora de fotografia, da curta-metragem ‘Cinzas e Brasas’ (2014) de Manuel Mozos. Participou como Assistente de Imagem em mais de três dezenas de longas-metragens e telefilmes e cerca de duas dezenas de curtas-metragens. Durante este período trabalha com realizadores e diretores de fotografia nacionais e internacionais, tais como os realizadores Andrzej Zulawski, Carlos Saura, Fernando Lopes, João Botelho, João Mário Grilo, João Pedro Rodrigues, Manoel de oliveira, Margarida Cardoso, Miguel Gomes, Paulo Rocha, Sérgio Tréfaut, Teresa Villaverde, Valéria Sarmiento, e os diretores de fotografia Acácio de Almeida, André Szankowsky, Edgar Moura, Eduardo Serra, João Ribeiro, José Lopes Linares, Renato Berta, Rui Poças e Sabine Lancelin.

Em 2022 teve a exposição individual de Fotografia PAUSA, na Galeria Lapso, em Setúbal. Participou com Fotografia nas exposições coletivas ‘Suits’ (2003) e ‘Feras’ (2002) no Espaço M94, Madrearte Associação Cultural, Lisboa.
Desde 2008 é docente da área de Imagem na Escola Superior de Teatro e Cinema. Atualmente é Subdiretora do Departamento de Cinema e Vice-Presidente da Comissão Técnico-Científica do Departamento de Cinema da Escola Superior de Teatro e Cinema.

Inês Teles (Évora, 1986) vive e trabalha em Lisboa. Expõe o seu trabalho em contexto nacional e internacional. Concluiu a pós- graduação na Byam Shaw, CSM e o mestrado na Slade School of Fine Art-UCL, como bolseira da Fundação Calouste Gulbenkian. Atualmente é bolseira da FCT, no programa de doutoramento em Escultura na FBAUL e é colaboradora do centro de investigação Vicarte. Participou em várias exposições como (2023) Sensores, partículas e outros compostos, Salão de Chá do Parque Municipal Alta Vila, Águeda. (2022) A persistência da matéria: 20 anos VICARTE, Núcleo de Arte Contemporânea do Museu do Vidro, Marinha Grande; O dedo no olho, curadoria de Maria Joana Vilela, Brotéria, Lisboa; (2021) Aliquid stat pro aliquo, com curadoria de Maria Joana Vilela, Studio PRÁM, Praga, CZ; TIERRA A LA VISTA. Un paisaje de formas encontradas, curadoria de David Barro, galeria PONCE+ROBLES, Madrid, ES; (2018) Vindauga- olho de vento, curadoria de Hugo Dinis, Sala 117, Porto; Variations portugaises, Centre d’art de Meymac, curadoria de Caroline Bissière e Jean-Paul Blanchet, Meymac, FR; (2016) Múltiplos, The Drawing Center, Nova Iorque, EUA; (2015) Descontorno, Casa de Burgos, curadoria de João Pinharanda, Évora.

Em 2018 entrou no 11.o Prémio Amadeo de Souza-Cardoso, na 6.a Biennale JCE 2017-19 e no programa curatorial de arte pública de Gabriela Raposo, “10.10.10 Arte entre cidades”, Alenquer. Em 2019 foi selecionada para o Prémio Internacional Fundación Maria José Jove 2019, Corunha, ES e obteve o Apoio a Projetos – Criação, da Direção-Geral das Artes para a intervenção pública Walk the curve, um projecto em co-autoria com Ayelen Peressini.

A sua obra está presente em colecções particulares em Portugal, França, Reino Unido, Espanha, Chile e EUA; Colecção da Oliva Creative Factory, São João da Madeira; National Gallery of Budapest; Colecção Museu da Carris; Colecção Fernando Ribeiro; Colecção Joaquim Ferro; Coleção Fundación DIDAC; Colecção Marin Gaspar; Colecção S&A Porto.

Joana Patrão (1992, Barcelos), vive e trabalha no Porto. Estudou na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto – Artes Plásticas (2014) e Mestrado em Pintura (2016) – e frequentou o Mestrado em Visual Culture and Contemporary Arts (bolseira Erasmus+), na Aalto University, Helsínquia/Espoo, Finlândia.

Expõe regularmente desde 2014, destacando-se as individuais: O sopro fóssil (2022-2023), Espaço Pontes, Fundão; A brisa do maremoto (2021), Appleton [BOX], Lisboa; Céu de sal, sal da terra (2020), curadoria de Luísa Santos, Lab Box – Art Curator Grid, Lisboa; Desenho natural. A água flui na linha. (2019), Lugar do Desenho – Fundação Júlio Resende. E as colectivas: Derivas e Criaturas – Novas aquisições da Coleção Municipal de Arte (2023), Galeria Municipal do Porto; 15 anos de MACE (2022), Cisterna de Elvas; Nature tuned to a dead channel (2022), EGEU, Lisboa; Como o sol/Como a noite (2018), org. Porto/Post/Doc, retrospectiva

de António Reis e Margarida Cordeiro; Immersion. Experiments in Spaciality and Multisensority (2015), ADD.Lab, Espoo, Finlândia.
Participa frequentemente em residências artísticas, tais como: Grão: Residência artística e de investigação (2019), Quinta das Relvas, Albergaria-a-velha; Bienal de Coruche (2019); Adaptations – Utö | Site, Stories and Sensory Methods (2015), HIAP, ilha de Utö, Finlândia; Feinprobe Honigsüss 7 (2014), Wbmotion Kultur Verein, Lutherstad Wittenberg, Alemanha.

Em 2020, foi selecionada para o catálogo Portuguese Emerging Art, por Maria Manuela Lopes, Pedro Cabrita Reis e João Silvério, org. EMERGE. Em 2021, participou no projeto The Fold(s), direção artística de Luísa Santos, FCH-UCP com o livro-exposição Arboroscene: reflections on decay, curadoria de Denise Wieslhuber, Jeanne Pasquet e Joana Flor Rato. Em 2018 integrou o ensaio Souvenirs de Porto, coord. Susana Lourenço Marques in Contemporânea.

As suas obras estão representadas na Coleção António Cachola, Coleção Municipal de Arte do Porto e em coleções privadas.

Jorge Leal nasceu em Lisboa em 1975, onde vive e trabalha. Doutor em desenho pela FBAUL. Investigador em desenho no CIEBA. Docente na ESAD.CR e Nextart. Expõe regularmente desde 2005.
RESIDÊNCIAS ARTÍSTICAS:

2020, Residência Artística, Ateneu do Catorze, São Luís, Odemira 2019-20, Residência Artística, Cultivamos Cultura, São Luís, Odemira
2019, Residência Artística, Centro de Artes, Caldas da Rainha 2017, Residência Artística, Laboratório de Actividades Criativas, Lagos

2015, Residência Artística, Centro de Artes e Cultura, Ponte de Sor EXPOSIÇÕES INDIVIDUAIS (seleção):
2022, CAMINHAR PARA DESENHAR NÃO CANSA, Lapso Galeria, Setúbal
2021, VISITA, Centro de Artes, Atelier-Museu António Duarte, Caldas da Rainha 2019, LER E RELER, Biblioteca FCT Nova, Campus de Caparica 2018, CARDUME 2, Galeria Municipal de Montemor-o-Novo

2018, OSSOS MOLES, Museu Nacional de História Natural e da Ciência, Lisboa 2018, CARDUME, Galeria Municipal do Montijo
2017, LIBERDADE, Museu das Artes de Sintra
2017, ESPERANTO, Museu Municipal de Faro

2017, D DE DESENHO, Centro Cultural de Lagos
2017, CASA, Galeria da Faculdade de Belas Artes de Lisboa
2016, É TUDO DESENHO, Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, Póvoa de Varzim 2016, DESENHO, Edge Arts – Espaço Amoreiras, Lisboa
2015, WITHOUT DRAWING A DAY IS LOST, Galeria Mute, Lisboa EXPOSIÇÕES COLETIVAS (seleção):
2020, CONTINGERE (curadoria de Mariana Hartenthal), Galeria Cisterna, Lisboa

2020, PALIMPSESTO (curadoria de Maria Manuela Lopes), Museu Municipal de Penafiel
2019, DE OUTROS ESPAÇOS (curadoria de Pedro Gadanho e João Silvério), Galeria Municipal do Porto/MAAT

2018, ÂMAGO, Galeria Bangbang, Lisboa
2017, IL PITTORE E LA MODELLA, Assab One, Milão, Itália
2017, QUOTE/UNQUOTE: ENTRE APROPRIAÇÃO E DIÁLOGO (curadoria de Gabriela Vaz-Pinheiro e Ana Anacleto), Galeria Municipal do Porto
2016, Cheia #5, Biblioteca Municipal Rocha Peixoto, Póvoa de Varzim
2015, MUTE 1 ANO, Galeria Mute, Lisboa
2014, HOMEWORK, Galeria Bangbang, Lisboa

Thierry Ferreira (1970) é licenciado e mestre em Artes plásticas pela Escola Superior de Artes e Design do Politécnico de Leiria (2009 e 2017), vive e trabalha em Alcobaça (Portugal). Com um percurso artístico de mais de 15 anos, dedicados à arte contemporânea nomeadamente à Arte Urbana, Escultura Pública e Vídeo Arte, tem sido premiado por diversas vezes em Portugal e no estrangeiro. Em 2017 ganhou o 1o prémio no VII Prémio Ibérico de Escultura da Cidade de Serpa, assim como o Prémio “Bienal de Coruche – Percursos com Arte”, foi ainda menção honrosa no VII International Sculpture Symposium, no Tehran, Irão (2015). Ganhou o primeiro prémio na Bienal Internacional de Escultura da Resistência, em Chaco, Argentina (2014), o 2o prémio no Festival Internacional de Arte Escultórica de Jingpo, China (2011) ou o 1o prémio de Escultura no Ansião, Portugal (2008). Thierry Ferreira tem desenvolvido esculturas públicas em diversas cidades internacionais e nacionais, como por exemplo, em Sept-îles (Canadá), nas Caransebes (Roménia), no Tehran (Irão), no Penza (Rússia), em Julienne (França), na Resistência (Argentina), em Rawabi (Palestina), Caldas da Rainha e Arrimal. Participações em projetos como o ”TIME is Love Screening” – international video art program, o “POP-UP“ Vídeo na Cerca da Josefa em Torres Vedras, a Exposição “Flashback” no Museu José Malhoa em Caldas da Rainha, o “Schizophrenia#2”- Façade Video Festival (Bulgária), o “Portas Abertas” um Fórum da Fundação Eugénio de Almeida em Évora, o “House of my Land3”, Festival NXNE (Canadá), o “Nouvel Accent” Espaço Internacional Cosmopolis, Nantes (França), o “Jogo de opostos” Centro de Artes São João da Madeira, o “90-10” a Exposição 20 anos – ESAD.CR, Edifício XXI em Lisboa, o “Anteciparte” no Museu do Oriente, Lisboa, o Salão de Arte Contemporânea de Montrouge, (França), o 5o Prémio de Escultura City Desk em Cascais e o 3o Prémio Baviera Artes Plásticas em Vila Nova de Cerveira.

Clipping

https://www.dgartes.gov.pt/pt/evento/7742

https://www.rtp.pt/play/p12652/e789392/portugal-em-direto

https://www.facebook.com/100028974832798/posts/1260923641550118/?mibextid=WC7FNe&rdid=9Dd4g5WfoG2zsthZ

https://www.facebook.com/100063649234584/posts/pfbid0UDVvq84kR7x1TKZy7mq7BkTZimf39LWy74163c3zzKnAj396EGTQG4eR72gZ1xhVl/

https://ointerior.pt/cultura/residencias-artisticas-dedicadas-a-agua-no-sabugueiro/

https://www.facebook.com/100063649234584/posts/1011112794353686/?mibextid=WC7FNe&rdid=dothA1w2b4E7Vd0J

https://beira.pt/portal/noticias/aldeia-do-sabugueiro-em-seia-acolhe-projeto-multidisciplinar-dedicado-a-agua/

https://noticiasdocentro.pt/sabugueiro-acolhe-projeto-multidisciplinar-dedicado-a-agua/

https://www.e-cultura.pt/artigo/33531

https://www.dgartes.gov.pt/pt/noticia/7543

https://www.facebook.com/share/p/EyExoaddLfsTmbk7/?mibextid=WC7FNe

https://www.facebook.com/share/p/VUXmNp4z6dkqCUv8/?mibextid=WC7FNe

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https://centrotv.sapo.pt/hostel-criativo-do-sabugueiro-acolhe-o-estado-da-aguaprojeto-multidisciplinar-de-residencias-artisticas/

 

O Estado da Água - Thierry Ferreira