drawing, Project, sculpture, model, public sculpture, public art, architecture, contemporary art, art, Thierry Ferreira, design, installation, sitespecific, photography, video, Landart, arte urbana, Graffiti, Street art, Rébus, Hieróglifo, tag, fundação eugenio de almeida, Évora, Fátima Lambert,

STUDIOLO XXI – Desenho e Afinidades

STUDIOLO XXI – Desenho e Afinidades

FUNDAÇÃO EUGÉNIO DE ALMEIDA
CENTRO DE ARTE E CULTURA
ÉVORA 13.04.19 > 29.09.19

drawing, Project, sculpture, model, public sculpture, public art, architecture, contemporary art, art, Thierry Ferreira, design, installation, sitespecific, photography, video, Landart, arte urbana, Graffiti, Street art, Rébus, Hieróglifo, tag

(EN)

In Studiolo XXI — drawing and anities, the artists lead us through a series
of enjoyable exercises on an accomplished aesthetic excursion leading to a place
where contemplation enjoys free rein and critical engagement is called into play.
The background to this exhibition involved a dialogue (mostly through
written exchanges) with many of the contributing artists. It is always
a privilege to revisit artists’ workshops, meet them in person and hear their
ideas (points of discord and anity) and thoughts on drawing. Entering the
“Studiolo” of each of these artists (and also those whose work one would
like to have seen here) is a happy utopia The works on display are, in most
cases, the result of choices made following conversations with the artists,
collectors and gallerists. The final selection was based on my review of
approximately fifty years of drawing conceived in a wide range of contexts,
converging on the definition of a Studiolo (perhaps sui generis) which is
appropriate for the 21st century. Originally, the Studiolo was a section of
a Renaissance palace which was organised such that the lord could host
and show examples of “the immense variety of the world, as a metaphor
of power, the possession of that which only he could have: things both
of natural origin and the product of human artifice.” 1
At Studiolo XXI every visitor can feel like the lord of the palace. The works
shown provide moments in which one experiences a slowness or a fleeting
quality, dullness or eagerness, in accordance with the pace that is set
or desired. The visitor feels once again entitled to be surrounded by such
images-drawings-ideas, inculcating a mood of keen lucidity.
Both the cartographic notion and the mental quality which drawing has
reside in plurality, which leads to a certain degree of excess throughout
the ten exhibition halls and exterior spaces of the Centro de Arte e Cultura
da Fundação Eugénio de Almeida. The confluence of works, arranged
in an architecture charged with responsibility, will appease the craving
of all agendas. We are gathered at a drawingfest that at first glance might
seem unlikely.

The selection of pieces for display necessarily involved the decision to
include an array of disparate artistic languages and aesthetic tendencies,
reflecting dierent tastes, hence the compulsion for dialogue between terms
which may be regarded as somewhat improbable. Regarding the range of
works exhibited as a whole, among the most distanced approaches, we shall
highlight details and fragments that each visitor will be able to identify — as
Daniel Arasse emphasised in his landmark book. Each individual has the
freedom to associate details and establish dissociations or points of anity
that are their own rather than just those that are immediately apparent.
We have not sought to exhaustively cover the range of approaches to drawing.
A few notes are provided to provide context for works which form part of this
exhibition, for around 180 artists from home and abroad, most of whom have
been actively producing works since the end of the 1970s.
The desire to collect is an intrinsic human trait: people accumulate things
they are interested in or love, and the act of drawing is like this, and in
anthropological terms, the urge to collect things is a basic motivation for
drawing. Also the urge to keep things – to preserve them. And the enthusiasm
for visiting public spaces, where these days anyone can, for a few moments,
engage and lose themselves in the contemplation of a vast array of artworks
that invite an extended sojourn or return, perhaps reflects this vital impulse.
We aim to revive the idea of the Studiolo for visitors to a kind of current
cosmology of drawing. Exhibited in the halls of the Centro de Arte e Cultura,
which open out onto gardens, courtyards and adjacent spaces, the Studiolo XXI
artworks, address the various meanings of drawing, reaching out to those
who pass by, catching them unawares; encountered in unexpected settings,
the exhibits encourage the visitor to embark on any number of singular
digressions and create a degree of awe – at least, so it is hoped.

 

Maria de Fátima Lambert
Curator

 

1. Giuseppe Olmi, cited by Alfredo Baratas Díaz, Antonio González Bueno,
“De gabinete a ‘science center’: 500 años de coleccionismo en Historia Natural”,
Memorias R. Soc. Esp. Hist. Nat., 2ª ép., 10, 2013, p. 12.

 

(PT)

Em Studiolo XXI – desenho e afinidades, os artistas conduzem-nos por
exercícios felizes. Uma caminhada estética é empreendida; traçam-se
percursos onde a contemplação possa levitar, evadir-se e ser desencadeada
a ação crítica.
O processo condutor desta exposição implicou o diálogo (escrito, sobretudo)
com uma percentagem significativa dos artistas que agora se presentificam.
É sempre um privilégio visitar uma vez mais os ateliês dos artistas:
encontrá-los e ouvir as suas ideias (diferenças e afinidades) ao pensarem
o desenho. Entrar no “Studiolo” de todos estes artistas (e ainda daqueles
de quem se gostaria de apresentar trabalho e não foi possível) é uma utopia
feliz. As obras correspondem, na maioria dos casos, a escolhas resultantes
de conversas com os autores, colecionadores e galeristas. A seleção pressupôs
uma revisão pessoal, contemplando cerca de cinco décadas de desenho
pensado em contextos díspares, convergindo para a definição de um Studiolo
(porventura sui generis) apontando a este século XXI. Originariamente,
o Studiolo era estabelecido de tal modo que o príncipe, no seu palácio
renascentista, nele se albergasse para aí reproduzir “a imensa variedade
do mundo, numa metáfora do poder, da posse daquilo de que apenas ele
podia dispor, quer fosse de origem natural ou produto do artifício humano.” 1
Este Studiolo XXI tem tantos príncipes quantos os visitantes da exposição.
As obras expostas proporcionam intervalos para fruir entre a lentidão
e a fugacidade, a duração e a sofreguidão, consoante o ritmo que se
disponibilize e queira. Recupera-se o direito de se ver rodeado daquelas
imagens-desenho-ideias que enchem o ânimo de lucidez.
Quer a noção cartográfica, quer a coisa mental que no desenho existe,
é na pluralidade que ela reside, imperando um certo excesso que alastra
pelas dez salas e espaços exteriores do Centro de Arte e Cultura da Fundação
Eugénio de Almeida. A confluência de obras, numa arquitetura carregada
de responsabilidade, aplacará a gula de todos os enredos. Todos se reúnem
num banquete de desenho porventura improvável.

A seleção correspondeu, necessariamente, à decisão de incluir linguagens
artísticas e tendências estéticas díspares, reverberando gostos, donde
a compulsão em dialogar entre termos considerados improváveis. Entre
aproximações mais distanciadas, de conjunto, destacam-se os detalhes
e fragmentos que cada visitante irá identificar – como sublinhou Daniel Arasse
no seu livro emblemático. A cada pessoa a liberdade de associar pormenores
e inventar dissociações ou afinidades – que sejam suas e não apenas as que
se evidenciam imediatamente. Não foi intenção abordar, de modo exaustivo,
as múltiplas reflexões acerca do desenho. Tão-somente se evocam algumas
notas para enquadrar os trabalhos adstritos a uma exposição que acolhe cerca
de 180 artistas, nacionais e internacionais, na sua maioria ativos a partir de finais
da década de 70, com obra produzida nas décadas seguintes e até ao presente.
A tendência para colecionar é intrínseca ao humano, que acumula coisas
com interesse ou afeto, tal como o ato de desenhar que, em termos
antropológicos, lhe subjaz intimamente. O impulso de guardar, de conservar,
também. E a vontade de aceder a espaços públicos onde, hoje, qualquer
um pode, por algum tempo, usufruir ou perder-se na contemplação de obras
que convidam a um regresso demorado, talvez responda a esse impulso vital.
Recuperando a ideia de Studiolo, tornamo-nos visitantes de uma espécie de
cosmologia atual do desenho. Com as portas abertas para os jardins, páteos
e espaços limítrofes do Centro de Arte e Cultura, as obras deste Studiolo XXI
glosam as várias aceções do desenho, expandem-se e tocam quem passe
inadvertido, conduzem a espaços imprevistos, sugerem percursos singulares
e geram algum espanto… espera-se.

 

Maria de Fátima Lambert
Curadora

 

1. Giuseppe Olmi, citado por Alfredo Baratas Díaz, Antonio González Bueno,
“De gabinete a ‘science center’: 500 años de coleccionismo en Historia
Natural”, Memorias R. Soc. Esp. Hist. Nat., 2ª ép., 10, 2013, p. 12.

 

drawing, Project, sculpture, model, public sculpture, public art, architecture, contemporary art, art, Thierry Ferreira, design, installation, sitespecific, photography, video, Landart, arte urbana, Graffiti, Street art, Rébus, Hieróglifo, tag

drawing, Project, sculpture, model, public sculpture, public art, architecture, contemporary art, art, Thierry Ferreira, design, installation, sitespecific, photography, video, Landart, arte urbana, Graffiti, Street art, Rébus, Hieróglifo, tag

ADRIANA FONTELAS :: ADRIANA MOLDER :: ALBANO AFONSO :: ALBERTO CARNEIRO :: ALBUQUERQUE
MENDES :: ALICE GEIRINHAS :: ÁLVARO LAPA :: AMELIE BOUVIER ::ANA FONSECA :: ANA HATHERLY :: ANA
PÉREZ-QUIROGA :: ANA PISSARRA :: ANA ROMÃOZINHO :: ANA VIDIGAL :: ANA VIEIRA :: ÂNGELO DE SOUSA ::
ANNA MARIA MAIOLINO :: ANTÓNIO AREAL / AGUSTINA BESSA-LUÍS :: ANTÓNIO MELO :: ANTÓNIO OLAIO ::
ANTÓNIO PALOLO :: ANTÓNIO QUADROS FERREIRA :: ANTÓNIO SENA :: AVELINO SÁ :: BALTAZAR TORRES ::
BEATRIZ ALBUQUERQUE :: BEATRIZ HORTA CORREIA :: BETTINA VAZ GUIMARÃES :: BRÍGIDA BALTAR ::
CARLA CHAIM :: CARLOS ALBERTO CORREIA :: CARLOS CORREIA :: CARLOS NOGUEIRA :: CARLOS NUNES ::
CATARINA BALEIRAS :: CATARINA DOMINGUES :: CATARINA LEITÃO :: CATARINA SARAIVA :: CECÍLIA COSTA ::
CLAIRE DE SANTA COLOMA :: CLÁUDIA MELO :: CRISTINA ATAÍDE :: CRISTINA MATEUS :: CRISTINA TAVARES ::
DALILA GONÇALVES :: DANIEL CABALLERO :: DANIEL MOREIRA / RITA CASTRO NEVES :: DAROCHA :: E. M.
MELO E CASTRO :: ECHO MORGAN :: EDUARDO BATARDA :: EFRAIN ALMEIDA :: EMERENCIANO RODRIGUES ::
EMMANUEL NASSAR :: EURICO GONÇALVES :: FABIANA BARROS E MICHEL FAVRE :: FABRIZIO MATOS ::
FÁTIMA MENDONÇA :: FELIPE COHEN :: FERNANDO AGUIAR :: FERNANDO CALHAU :: FERNANDO JOSÉ
PEREIRA :: FERNANDO LANHAS :: FERNANDO MARQUES DE OLIVEIRA :: FERNANDO PINTO COELHO ::
FILIPE ROMÃO :: FLÁVIA VIEIRA :: FRANCISCO LARANJO :: FRANÇOISE PERRONNO :: GABRIELA
ALBERGARIA :: GABRIELA MACHADO :: GAETAN :: GERARDO BURMESTER :: GONÇALO PENA :: GRAÇA
PEREIRA COUTINHO :: HELENA ALMEIDA :: IGNASI ABALLÍ :: ISABEL ABOIM INGLEZ :: ISABELLE FARIA ::
JAAP BLONK :: JOANA PIMENTEL :: JOÃO CUTILEIRO :: JOÃO DIXO :: JOÃO FONTE SANTA :: JOÃO
JACINTO :: JOÃO LOURO :: JOÃO QUEIROZ :: JOAQUIM BRAVO :: JOAQUIM RODRIGO :: JORGE ABADE ::
JORGE COIMBRA :: JORGE MARTINS :: JORGE PINHEIRO :: JOSÉ ESCADA :: JOSÉ PEDRO CROFT :: JOSÉ
RODRIGUES :: JOSÉ RUFINO :: JÚLIO POMAR :: JÚLIO RESENDE :: JULIO SARRAMIÁN BERNAL :: KIMVI
GNOUYEN :: LEDA CATUNDA :: LENORA DE BARROS :: LLUIS HORTALÀ :: LOURDES CASTRO :: LUCIA
VALLEJO :: LUÍS NOBRE :: LUÍS SILVEIRINHA :: LUIZ TELLES :: M. LOHRUM :: MAFALDA SANTOS :: MALU
SADDI :: MANUEL BOTELHO :: MANUEL SANTOS MAIA :: MÁRCIA DE MORAES :: MARCO MOREIRA :: MARIA
LAET :: MARIANA PALMA :: MÁRIO BISMARCK :: MARLENE STAMM :: MARTA AZPARREN :: MARTINHA MAIA ::
MARTINHO COSTA :: MATTIA DENISSE :: MAURO CERQUEIRA :: MIGUEL ÂNGELO ROCHA :: MIGUEL PALMA ::
MIGUEL SOARES :: MIGUEL TELLES DA GAMA :: MÓNICA DE MIRANDA :: NADIR AFONSO :: NAZARENO ::
NIKIAS SKAPINAKIS :: NUNO GIL :: NUNO HENRIQUE :: NUNO RAMALHO :: NUNO SOUSA VIEIRA :: PAULO
ANSIÃES MONTEIRO :: PAULO BRIGHENTI :: PAULO CLIMACHAUSKA :: PEDRO CALAPEZ :: PEDRO CAPPELETTI ::
PEDRO POUSADA :: PEDRO PROENÇA :: PEDRO SARAIVA :: PEDRO SOUSA VIEIRA :: PEDRO TUDELA ::
PEDRO VALDEZ CARDOSO :: PRUDÊNCIA COIMBRA :: RACHEL KORMAN :: RAUL MOURÃO :: REBECCA
MORADALIZADEH :: RENATA CRUZ :: RENATO LEAL :: RICARDO BASBAUM :: RICARDO GUERREIRO
CAMPOS :: RICARDO LEITE :: RITA CARREIRO :: RITA GASPAR VIEIRA :: RITA MCBRIDE :: RODRIGO OLIVEIRA ::
ROSANA RICALDE :: RUBENS MANO :: RUI HORTA PEREIRA :: RUI MATOS :: RUTE ROSAS :: SALETTE TAVARES ::
SAMUEL RAMA :: SANDRA CINTO :: SARA E ANDRÉ :: SARA CHANG YAN :: SEBASTIÃO RESENDE :: SILVESTRE
PESTANA :: SOBRAL CENTENO :: SOFIA CASTRO :: SOFIA PIDWELL :: SOFIA TORRES :: SUSANA MENDES
SILVA :: SUSANA PITEIRA :: SUSANNE THEMLITZ :: TCHELO :: TERESA HENRIQUES :: THIERRY FERREIRA ::
TIAGO MESTRE :: VALDEMAR SANTOS :: VICTOR ARRUDA :: VIVIAN KASS :: XAI :: ZULMIRO DE CARVALHO

ATIVIDADES PARALELAS / PARALLEL ACTIVITIES
PERFORMANCE COMO DESENHO, DESENHO COMO PERFORMANCE /
PERFORMANCE AS DRAWING, DRAWING AS PERFORMANCE
10, 11, 17, 18, 25 MAIO / MAY | 21:30
CONSULTAR PROGRAMA ESPECÍFICO EM WWW.FEA.PT/ CENTRODEARTEECULTURA
SPECIFIC PROGRAM AT WWW.FEA.PT/CENTRODEARTEECULTURA
ENTRADA LIVRE / FREE ADMISSION
CICLO INTERNATIONAL DE REFLEXÃO CRÍTICA / INTERNATIONAL CYCLE OF CRITICAL REFLECTION
SEIS ESPECIALISTAS LIGADOS À CRIAÇÃO ARTÍSTICA, À PRODUÇÃO CULTURAL, À CURADORIA E À DIREÇÃO
DE INSTITUIÇÕES, PARTILHAM NESTE CICLO AS SUAS PERSPETIVAS RELATIVAMENTE À PROBLEMÁTICA
DA PERIFERIA. CONVIDAM-NOS A PONDERAR SOBRE A POROSIDADE DOS CONTEXTOS TERRITORIAIS,
SOBRE A CIRCULAÇÃO DA CRIAÇÃO, SOBRE ESTRATÉGIAS E TÁTICAS DE PROGRAMAÇÃO E CURADORIA.
UM DEBATE COM A EUROPA NO HORIZONTE, E COM ÉVORA NO CENTRO
MAIO – JUNHO
ENTRADA LIVRE
CONSULTAR PROGRAMA ESPECÍFICO EM WWW.FEA.PT/ CENTRODEARTEECULTURA
SIX EXPERTS ON ARTISTIC CREATION, CULTURAL PRODUCTION, CURATORSHIP AND INSTITUTIONAL
MANAGEMENT SHARE IN THIS CYCLE THEIR PERSPECTIVES ON THE PERIPHERY ISSUES. THEY INVITE US
TO CONSIDER THE PERMEABILITY OF TERRITORIAL CONTEXTS, THE FLOW OF CREATION, THE STRATEGIES
AND TACTICS OF PROGRAMMING AND CURATORSHIP. A DEBATE WITH EUROPE ON THE HORIZON AND
WITH ÉVORA AT THE CENTRE
MAY – JUNE
FREE ADMISSION
SPECIFIC PROGRAM AT WWW.FEA.PT/CENTRODEARTEECULTURA
6º ANIVERSÁRIO DO CENTRO DE ARTE E CULTURA / 6TH ANNIVERSARY OF CENTRO DE ARTE E CULTURA
11 JULHO / JULY | 18:00
ENTRADA LIVRE / FREE ADMISSION
STUDIOLO XXI – COLÓQUIO / CONFERENCE
ENCONTRO E CONVERSAS COM ARTISTAS NACIONAIS E ESTRANGEIROS SOBRE A TEMÁTICA DO DESENHO,
DO PROCESSO CRIATIVO E DAS SUAS VARIAÇÕES, INTERCEÇÕES, CONFLUÊNCIAS E INTERROGAÇÕES SOBRE
OS CAMINHOS DO DESENHO CONTEMPORÂNEO.
26 e 27 SETEMBRO
ENTRADA LIVRE
CONSULTAR PROGRAMA ESPECÍFICO EM WWW.FEA.PT/ CENTRODEARTEECULTURA
MEETING AND DEBATES WITH NATIONAL AND INTERNATIONAL ARTISTS ON THE THEMES OF DRAWING,
CREATIVE PROCESSES, ITS VARIATIONS, INTERCEPTIONS AND CONFLUENCES ON THE PATHS
OF CONTEMPORARY DRAWING.
26, 27 SEPTEMBER
FREE ADMISSION
SPECIFIC PROGRAM AT WWW.FEA.PT/CENTRODEARTEECULTURA
PROGRAMA EDUCATIVO / EDUCATIONAL PROGRAM
VISITAS GUIADAS, OFICINAS E ATIVIDADES PARA FAMÍLIAS /
GUIDED TOURS, WORKSHOPS AND ACTIVITIES FOR FAMILIES
VISITAS GUIADAS COM A CURADORA / GUIDED TOURS WITH THE CURATOR
FÁTIMA LAMBERT
19 MAIO / MAY | 11:00 (COMEMORAÇÃO DO DIA INTERNACIONAL DOS MUSEUS / INTERNATIONAL MUSEUM DAY CELEBRATION)
11 AGOSTO / AUGUST | 11:00
29 SETEMBRO / SEPTEMBER | 11:00
PARTICIPAÇÃO GRATUITA MEDIANTE INSCRIÇÃO PRÉVIA1 / FREE, BY APPOINTMENT ONLY1

VISITA GUIADA COM O DIRETOR ARTÍSTICO DO CENTRO DE ARTE E CULTURA /
GUIDED TOUR WITH THE ARTISTIC DIRECTOR OF CENTRO DE ARTE E CULTURA
JOSÉ ALBERTO FERREIRA
21 JULHO / JULY | 11:00
PARTICIPAÇÃO GRATUITA, MEDIANTE INSCRIÇÃO PRÉVIA1 / FREE, BY APPOINTMENT ONLY1
VISITAS GUIADAS / GUIDED TOURS
DE TERÇA-FEIRA A DOMINGO, ENTRE AS 10:00 E AS 18:00, MEDIANTE INSCRIÇÃO PRÉVIA1
(MÍNIMO 5 PESSOAS)
3,00€ / PESSOA (DESCONTO DE 50% PARA ESTUDANTES E +65 ANOS)
TUESDAY TO SUNDAY, FROM 10.00 TO 18:00, BY APPOINTMENT ONLY1
(MINIMUM PARTICIPANTS REQUIRED: 5)
3,00€ / PERSON (50% OFF TO STUDENTS AND VISITORS OVER 65 YEARS OF AGE)
ESCOLAS / SCHOOLS
VISITAS GUIADAS E VISITAS-JOGO2 / GUIDED TOURS AND PLAY-TOURS2
PARA TURMAS DE CRIANÇAS E JOVENS DOS 3 AOS 18 ANOS
DE TERÇA A SEXTA-FEIRA, ENTRE AS 10:00 E AS 18:00, MEDIANTE INSCRIÇÃO PRÉVIA1
DURAÇÃO: 60-90 MINUTOS
1,00€ / ALUNO
GROUPS OF CHILDREN AND YOUTH FROM 3 TO 18 YEARS OLD
TUESDAY TO FRIDAY, FROM 10:00 TO 18:00, BY APPOINTMENT ONLY1
DURATION: 60-90 MINUTES
1,00€ / STUDENT
FAMÍLIAS / FAMILIES
VISITA-JOGO NA EXPOSIÇÃO / PLAY-TOUR IN THE EXHIBITION
26 MAIO / MAY | 11:00
PARA FAMÍLIAS COM CRIANÇAS ENTRE OS 5 E OS 12 ANOS, MEDIANTE INSCRIÇÃO PRÉVIA1
2,50€ / PESSOA
FOR FAMILIES WITH CHILDREN BETWEEN 5 AND 12 YEARS OLD, BY APPOINTMENT ONLY1
2,50 € / PERSON
OFICINA DE VERÃO / SUMMER WORKSHOP
DESENHAR DIREITO POR LINHAS TORTAS / DRAWING RIGHT ON TWISTED LINES
QUANTAS MANEIRAS EXISTEM PARA FAZER UM DESENHO? QUE MATERIAIS PODEMOS UTILIZAR? NESTA
OFICINA VAMOS CONHECER OS ARTISTAS DA EXPOSIÇÃO E EXPERIMENTAR 1001 MANEIRAS DE DESENHAR!
22 – 26 JULHO | 09:00 – 18:00
PARA CRIANÇAS E JOVENS ENTRE OS 6 E OS 12 ANOS, MEDIANTE INSCRIÇÃO PRÉVIA1
50€ / PARTICIPANTE (INCLUI SEGURO, LANCHES E MATERIAIS)
HOW MANY WAYS ARE THERE TO MAKE A DRAWING? WHAT MATERIALS CAN WE USE? IN THIS WORKSHOP
WE WILL GET TO KNOW THE ARTISTS OF THIS EXHIBITION AND EXPERIENCE 1001 WAYS TO DRAW!
22 – 26 JULY | 09:00 – 18:00
FOR CHILDREN AND YOUTH BETWEEN 6 AND 12 YEARS OLD, BY APPOINTMENT ONLY1
50 € / PARTICIPANT (INCLUDES INSURANCE, SNACKS AND MATERIALS)
1INSCRIÇÕES: SERVIÇO EDUCATIVO / REGISTRATIONS: EDUCATIONAL DEPARTMENT
ONLINE: WWW.FEA.PT/EDUCACAO | EMAIL: SERVICOEDUCATIVO@FEA.PT | TEL.: +351 266 748 350
2PROGRAMA ESPECÍFICO E OUTRAS ATIVIDADES DO SERVIÇO EDUCATIVO EM WWW.FEA.PT/EDUCACAO
SPECIFIC PROGRAM AND OTHER ACTIVITIES OF THE EDUCATIONAL DEPARTMENT AT WWW.FEA.PT/EDUCACAO

 

CENTRO DE ARTE E CULTURA
DIREÇÃO ARTÍSTICA JOSÉ ALBERTO FERREIRA
LARGO DO CONDE DE VILA FLOR
7000-804 ÉVORA
T. +351 266 748 350
CENTRODEARTEECULTURA@FEA.PT
WWW.FEA.PT
FACEBOOK.COM/CENTRODEARTEECULTURAFEA
#STUDIOLOXXI
#DESENHO
HORÁRIO:
TERÇA-FEIRA A DOMINGO, DAS 10:00 ÀS 18:00
OPENING HOURS:
TUESDAY TO SUNDAY FROM 10:00 TO 18:00

News

 

Exposições

Fonte: https://www.e-cultura.sapo.pt/evento/13770?fbclid=IwAR1OFL4A8bGkrCamYFgycEThxFZkw5m5A6TZNY1_11q8fympJTtbjCWX4Xw

180 artistas, nacionais e estrangeiros em exposição coletiva em Évora

São mais de 180 artistas que até 29 de setembro vêm expostas obras suas em Évora. Nomes como Júlio Pomar, Júlio Resende, José Pedro Croft, Pedro Calapez, Álvaro Lapa, Alice Geirinhas, João Cutileiro, Ana Hatherly, Álvaro Lapa, António Palolo; Albuquerque Mendes, Cristina Ataíde, Sofia Pidell ou Sebastião Resende.

STUDIOLO XXI – Desenho e afinidades convida-nos a fazer uma caminhada estética através das obras de mais de 180 artistas, nacionais e estrangeiros. Trata-se de um percurso que nos permite fruir a lentidão ou a fugacidade, a duração ou sofreguidão.  Nesta viagem temos oportunidade de olhar para o estado da arte hoje e, sobretudo, para o caminho que o desenho tem feito ao longo das últimas décadas.

O processo condutor desta exposição implicou o diálogo com um número significativo de artistas. É sempre um privilégio visitar, uma vez mais, os ateliers dos artistas. As obras, aqui, correspondem na maioria dos casos, a escolhas resultantes de conversas com os autores, colecionadores e galeristas. A seleção pressupôs uma revisão pessoal, contemplando cerca de cinco décadas de desenho pensado em contextos díspares, convergindo para uma definição de um Studiolo (porventura sui generis) apontando a este século XXI. Originalmente o Studiolo era estabelecido de tal como que o príncipe, no seu palácio renascentista, nele se alberga para aí produzir a “imensa variedade de mundo, numa metáfora do poder, da posse daquilo de que apenas ele podia dispor, que fosse de origem natural ou produto do artifício humano”.

Este Studiolo XXI tem tantos príncipes quantos os visitantes da exposição. As obras expostas proporcionam intervalos para fruir entre a lentidão e a fugacidade, a duração e a sofreguidão, consoante o ritmo que se disponibilize e queira.

A seleção correspondeu, necessariamente, à decisão de incluir linguagens artísticas e tendência estéticas díspares, reverberando gostos, donde a compulsão em dialogar entre termos considerados improváveis.

Recuperando a ideia de Studiolo, tornando-nos visitantes de uma espécie de cosmologia atual do desenho. Com as portas abertas para os jardins, pátios e espaços limítrofes do Centro de Arte e Cultura, as obras deste Stiudiolo XXI glosam as várias aceções do desenho, expandem-se e tocam quem passe inadvertido, conduzem a espaços imprevistos, sugerem percursos singulares e geram algum espanto … espera-se.

A componente performativa tem uma presença forte nesta exposição, quer através de obras que serão geradas por gestos performativos – Beatriz Albuquerque, quer através de performances criadas a partir do desenho no âmbito do ciclo Performance como desenho, desenho como performance – Sebastião Resende, Marta Azparren, Rebecca Moradalizadeh, Ricardo Guerreiro Campos, Jaap Blonk, Fernando Aguiar, Silvestre Pestana, M. Lohrum, Echo Morgan e Kimvi Gnouyen.

STUDIOLO XXI – Desenho e afinidades tem a curadoria de Fátima Lambert.

Fátima Lambert
Doutorada em Filosofia Moderna e Contemporânea – Estética (1998) – Faculdade de Filosofia Braga/ U. C. P.; Professora Coordenadora em Estética e Educação – Escola Superior de Educação / Politécnico do Porto (2000). Bolseira FCT – projeto “Writing and Seeing” (2000/2004). Coordena a linha de investigação “Cultura, Artes e Educação do InED| ESE, onde foi diretora até 2017 e coordena vários projetos; membro de Comissões Científicas: IHA, FCSH/UNL e das Revistas: MIDAS (PT), Visuais – UNICAMP – Campinas (BR), Asparkía – Universitat Jaume I, Castellón (ES), EARI – Universitat de València (ES) e AICA (Portugal). Curadora Independente desde 1994, privilegiando eixo Brasil/Portugal. Keynote Speaker, comentadora e organizadora de eventos científicos e culturais; autora de vários livros, publicando regularmente em revistas científicas.

Centro de Arte e Cultura Fundação Eugénio de Almeida
O Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida é um espaço vocacionado para a promoção de ações artísticas e culturais orientado pelo compromisso social e por práticas sustentáveis. Aposta numa programação multidisciplinar, formativa e inclusiva, concretizada através de exposições, com um foco especial na arte contemporânea, assim como na organização de projetos performativos e de programas pedagógicos orientados para a sensibilização e motivação dos diferentes públicos. Está vocacionado para a promoção de ações artísticas e culturais, com um foco especial na arte contemporânea, orientado pelo compromisso social e por práticas, sustentáveis, que aposta numa programação multidisciplinar, formativa e inclusiva.  Está situado num conjunto edificado de elevado valor patrimonial, histórico e artístico da cidade de Évora, que agrega o antigo Palácio da Inquisição e as Casas Pintadas.

Fundação Eugénio de Almeida
A Fundação Eugénio de Almeida é uma Instituição portuguesa de direito privado e utilidade pública, sediada em Évora. Foi fundada em 1963 pelo Eng.º Vasco Maria Eugénio de Almeida com a missão de promover o desenvolvimento integrado da região de Évora numa perspetiva de valorização do capital humano e da sustentabilidade, através da criação de oportunidades culturais, educativas, sociais e espirituais para as pessoas.

De acordo com os fins que lhe são atribuídos pelos Estatutos, a Fundação promove e dinamiza um conjunto integrado de iniciativas e programas próprios, em exclusivo ou em parceria, e apoia projetos de outras entidades públicas e privadas abrangendo um largo espectro de atividades nos diferentes domínios do seu campo de atuação.

Na prossecução da sua Missão, a Fundação articula meios e recursos com diversos interlocutores nacionais e estrangeiros, por forma a promover o desenvolvimento económico e um maior equilíbrio social da sua comunidade, contribuindo para a redução das consequências da interioridade e das assimetrias regionais.

O crescente reforço da ligação da Fundação a essa mesma comunidade, num espírito de partilha e de serviço, resulta de uma estratégia que tem privilegiado a apresentação de projetos marcados pela qualidade, excelência, inovação e potencial de impacto positivo junto dos seus diversos destinatários.

Horário: de terça a domingo das 10h00 às 18h00
Preço: 2 €

 

 

…..

UMBIGO Junho 18, 2019

http://umbigomagazine.com/pt/blog/2019/06/18/os-problemas-da-curadoria/

Os problemas da curadoria

Uma exposição feita contra os artistas e contra o espaço que reclamam para o seu trabalho está fadada ao insucesso.

Uma exposição que expande o seu reportório para lá de uma centena de autores, não muito distante de duas centenas, está destinada ao fracasso.

Uma exposição que articula em si um sem número de expressões assaz distintas, ainda que dentro de uma técnica ou prática específica, vai encontrar dissensos justificados no caminho.

Uma exposição que não compatibiliza as várias escalas de cada artista num discurso ou percurso coerente incorre numa assimetria insuportável.

Uma exposição que exige ao visitante e espetador um esforço físico hercúleo, percorrendo maratonas de salas e galerias em vários níveis, vai ter que suportar a desistência e o cansaço alheio.

Uma exposição que comporta em si um diálogo derivativo vai semear contradição.

*

A persistir no caminho que tem vindo a tomar na última década, a curadoria deve ser uma disciplina de consenso interno, de mediação e de coerência, procurando nos artistas que expõe os seus maiores aliados na procura de soluções espaciais e teóricas corretas. Tão mais importante se revela esta questão quando se está perante temáticas complexas, que envolvem vários quadros e técnicos das mais variadas áreas.

A curadoria é a prática da seleção e não da adição; do pragmatismo e não da indefinição. E, portanto, é a prática treinada do saber dizer não, ou, num ponto de vista teórico ou académico, a prática da crítica e da autocrítica.

Recusa-se, todavia, a análise destrutiva e a crítica cínica. Por mais insatisfatório que seja o resultado, é importante cultivar-se também a justeza. Há sempre uma obra que compensa a visita, a contemplação e o esforço ascético da abstração envolvente e ruidosa. Há sempre um artista que agrada revisitar, uma solução espacial, material, artística que merece ser olhada e refletida.

Vêm estas palavras a respeito da exposição Studiolo XXI – Desenho e Afinidades, na Fundação Eugénio de Almeida, em Évora, com a curadoria de Fátima Lambert, que reúne cerca de 180 artistas. Deste modo, se tudo o que inicialmente foi referido é verdade – o excesso de nomes, a escassez de espaço para os acolher, o percurso e o discurso labiríntico, etc. –, notar que há obras e experiências relevantes que importam ver é também importante.

Mas se a linha curatorial convidava a entrar no estúdio de cada artista, o resultado é ambíguo, uma vez que a exposição, na sua aparente infinitude incremental de nomes, não atende à diversidade da obra que poderíamos encontrar em cada um desses artistas. Temos acesso apenas a uma pequena amostragem dentro de um campo que é o do desenho. E é com base nessa pequeníssima seleção dentro do corpo de obra de cada autor que a exposição se detém. Ou seja, esta é mais uma exposição sobre a dilatação da prática do desenho e menos sobre o universo privado, íntimo e sempre expansivo do estúdio ou do atelier.

A exposição é completa, há que reconhecer, na inventariação das várias expressões do desenho: do esquiço ao esboço, do arquitetónico à cartografia, da instalação à escultura, do vídeo à performance. A catalogação destes registos sumariza o que se poderia designar por desenho alargado, como Rosalind Krauss propôs para a escultura. Deste modo, Studiolo XXI opera na noção de campo expandido do desenho, mostrando o desenho nas suas afinidades para com outras práticas, no fundo, o que se poderia também designar por hibridização de media e conceitos.

Miguel Ângelo Rocha propõe a expansão da linha curva no espaço. Rita Gaspar Vieira estimula a descoberta e a curiosidade ao esconder o desenho, desafiando, assim, o visitante, ao mesmo tempo que sugere uma inversão de planos e eixos ao fazer recurso da textura do pavimento em madeira. Pedro Valdez Cardoso trabalha a linha e o desenho no seu conceito, para lá da habitual materialidade da grafite ou do papel, fazendo recurso de materiais do quotidiano como um pano de limpeza e as linhas de costurar. Jorge Pinheiro desenha uma nova linguagem ao sugerir o que pode resultar de uma súmula entre a escrita musical, matemática e literária. Ana Vidigal conduz-nos ao imaginário infantil dos desenhos animados.

Noutros casos, sobressai o desenho espacial e a sua relação com a arquitetura do espaço. São disto exemplo as obras de José Pedro Croft, Catarina Leitão ou Flávia Vieira, mas também Mauro Cerqueira, Raul Mourão ou Rui Matos – todos eles com materialidades e dimensões muito diferentes.

O desenho como construção de paisagens (naturais, animais, oníricas) é ensaiado por Gabriela Albergaria, Suzanne Themlitz, Martinha Maia, Alice Geirinhas e Rita Carneiro, mas também Daniel Caballero, João Jacinto e João Queiróz. Numa aproximação à paisagem natural e às componentes botânicas, pode ver-se, antes, Prudêcia Coimbra.

Na figuração, Adriana Molder olha para o rosto como primeiro desenho a reconhecer. A fisionomia é uma composição de linhas e expressões que Molder trabalha entre o desenho e a pintura. João Fonte Santa propõe um olhar crítico sobre a paisagem industrial, ao representar uma série de reatores nucleares.

Rosana Ricalde e João Louro propõem uma reflexão sobre a geografia e a construção abstrata do mundo.

O desenho gráfico e geométrico é explorado por vários artistas: Fernando Lanhas e António Quadros Ferreira

O desenho na sua relação com a performance tem o núcleo mais arejado de todo o conjunto, com obras de Thierry Ferreira, Beatriz Albuquerque e Graça Pereira Coutinho.

Etc. Etc. Etc.

Dos nomes elencados, muitos ficaram de fora por fadiga e por falta de acesso direto às obras (a obra de Nuno Sousa Vieira só pode ser devidamente apreciada em determinados dias). Por mencionar ficaram artistas incontornáveis na história da arte portuguesa moderna e contemporânea: António Palolo, António Olaio, Ana Hatherly, Nadir Afonso, Nikias Skapinakis, Jorge Martins, Alberto Carneiro, Ângelo de Sousa, Lurdes Castro, Gerardo Burmester, Júlio Pomar e muitos, muitos outros.

De facto, o caráter monográfico e totalizador da exposição acaba por comprometer uma vontade futura de explorar cada afinidade ou relação entre o desenho e as outras expressões da arte. Cada núcleo poderia valer uma única exposição, onde cada tema seria dilatado, aprofundado, sem encerrar nem categorizar as obras numa determinada temática.

Afinal, esta é uma exposição de muitas exposições possíveis, impossível de resumir sem se ser simplista, sob pena de até quem sobre ela escrever incorrer num perigo semelhante quer por cansaço, quer por excesso informativo (11 folhas de sala, mais texto curatorial). Os artistas dos primeiros núcleos ocuparam um espaço na memória que os seus congéneres dos últimos espaço já não conseguiram – por esgotamento físico – conquistar.

Studiolo XXI – Desenho e Afinidades pode ser vista até 29 de setembro, no Centro de Arte e Cultura da Fundação Eugénio de Almeida, Évora.